sábado, 16 de junho de 2012

MUNDO RADICAL.

Arquivo da Categoria ‘Montanhismo’

Ataque ao Pico do Paraná

PostDateIcon 19 de julho de 2010 | PostAuthorIcon Autor: anttoniocarlos

Pico do Paraná
No dia 04/07/2010, fizemos um ataque ao pico do Paraná. Todo povo envolvido se encontrou na casa do @eversonnovka exatamente as 6h da manhã (relógios sincronizados, incrível), de lá, fomos buscar o último integrante da expedição e toca BR 116 sentido São Paulo. Parada em um posto de gasolina para um café da manhã e compra de alguns itens de sobrevivência e segue rumo. Chegamos em um ponto em que saímos da BR e pegamos estrada de chão, acho que uns 8 KM, se você tem um carro baixo (rebaixado sem chances, mas baixo), evite ir com ele, sério, a estrada é ruim (e a galera disse que naquele dia estava boa, imagine só), fica a dica.

Chegamos na fazenda Pico das Pedras, um ponto bem negativo, é que o proprietário cobra pelo acesso ao pico do Paraná. Se ele cobrasse apenas o estacionamento, seria aceitável, mas ele cobra 10 reais por pessoa, para passar por ali. Fica o protesto.

Bom, depois de uma conferida no equipamento, iniciamos a subida, no começo ela é bem tranqüila, tava meio friozinho, mas fomos agraciados com um tempo fantástico, muito sol, e o céu claro. Tempo ideal para a atividade.
No começo estava o Ogro, @evelinemartins, @eversonnovka, @chicodrummer e esse que vos escreve, eu estava ouvindo um sonzinho e conversando com o pessoal. Após +- 1 hora de caminhada, demos uma paradinha para curtir o visual e dar uma descansada, estávamos andando em um ritmo bom, então nada mais merecido. O visual estava demais, já estávamos acima das nuvens e aproveitamos para algumas fotos e uns vídeos. O descanso foi rápido e seguimos perna, pois tinha muita montanha pela frente. Infelizmente após um tempinho, o @eversonnovka teve uns probleminhas e junto da @evelinemartins, tiveram de abandonar o ataque e voltar a fazenda. Ficamos tristes, principalmente eu, pois eles incentivavam a tempos a subir o PP. Mas ficou para uma próxima, e junto do @chicodrummer e do ogro, continuamos o ataque. Pegamos mais pesado no ritmo até chegarmos ao morro do Getulio, uma paradinha um pouco mais comprida para um descanso e novamente curtir o visual. Eu estava brigando com a Tim para conseguir sinal e mandar umas fotos hehe. O @chicodrummer tava nas fotos e eu fazendo mais umas filmagens, que ficaram meio ruins pois estava sem o suporte, e gravando na mão ficaram meio tremidas, mas já era algo.
Hora de continuar, rehidratados e prontos para caminhar. O caminho deu uma piorada, pois o sol ficou mais forte e a subida tinha mais galhos, árvores e pedras, mas ainda assim estava show. Um tempo depois encontramos parados em uma bica, o gui (irmão do ogro) e o tio que nos esperavam (eles haviam saído um pouco antes de nós pois iam para o Itapiroca), um gole de água trincando de gelada e continuamos, agora com um grupo de 5. O ritmo estava muito bom e a conversa, embora diminuindo devido ao cansaço que emergia, também. Chegamos a um ponto mais alto da caminhada e o Ogro explicou que teríamos de descer todo o vale para, na seqüência, subir a trilha do PP. Confesso que deu uma canseira só de olhar, mas não por ir, e sim por pensar na volta. Mas é isso aí, continuamos firmes e fortes até chegarmos ao abrigo 1. Uma boa parada, na sombra e perto da água para reabastecer. Um almoço legal, uma reidratada e um bom descanço para as pernas já sofridas. A princípio o gui e o tio ficariam por ali e seguiríamos somente o primeiro grupo terciário, mas na última hora o gui resolveu encarar o pico, mesmo com o joelho machucado (ponto de heroísmo pro garoto, bravo!), o tio ficou por ali recolhendo umas amostras (biólogo).
Após a parada lá fomos nós, agora em quatro seres junto a natureza. Começamos a descida do vale e achei essa, uma parte difícil, estava um tanto liso e escorregávamos muito, além da mata ser um pouco mais fechada, e machucar bastante os braços (o @chicodrummer e eu estávamos de tênis, isso prejudicou um pouco). Mas seguimos rota e fomos rumo ao abrigo dois. Na subida para ele, começamos a sentir mais o cansaço e a dificuldade ficou um pouquinho maior. Um caminho com mais pedras e mais íngreme, mas nada que não agüentássemos. O Gui começou a sentir mais o joelho mas estava no ritmo, guerreiro. O @chicodrummer nas fotos e o ogro explicando um pouco sobre as outras montanhas ao redor (que subiremos em breve). Chegamos ao abrigo dois e uma descansada mais rápida, umas fotos e vídeos e “simbora” caminhar. O fato de estarmos a +- 1:30h do cume deu um animo a mais, apesar do sol ardido, seguimos forte. A subida ficou bem mais íngreme, com muitas pedras e mata fechada, mas o ogro conhecia bem o caminho e seguimos sem nenhum problema além do cansaço.

E finalmente, após exatamente 5 horas de caminhada (contando as paradas), chegamos a ultima “parede” antes do cume. Ao chegar lá, além da sensação de vitória, a contemplação da perfeição e beleza da natureza, afinal, é a montanha mais alta do sul do país. Sou pára-quedista, e habituado com os céus, mas ainda assim, o PP me deixou hipnotizado. Lá em cima tem uma caixa onde você deixa desejos ou coisas do gênero, deixei o meu, vamos ver o que dá.
Após pouco mais de 1 hora de descanso, era hora de encarar a descida, na minha opinião foi mais pesada que a subida, a mochila parecia pesar mais, embora mais vazia. Creio que foi o fato de ter de segurar muito o corpo e a força bater muito nas pernas, foi muito cansativo, olhar todo aquele vale, descer e subir tudo de novo, dava um grande cansaço e batia um pouco o psicológico. Mas nada de outro mundo. Puxamos mais o ritmo, para poder ficar o menor tempo possível no escuro. Fizemos apenas um descanso rápido no abrigo 1, e seguimos com passos rápidos. Pouco antes do Getulio, tivemos a grata surpresa de um por do sol fantástico, era impressionante e extasiante. Um descanso bem rápido para contemplação e seguimos rumo.
Exatamente no morro do Getulio, e noite surgiu e andamos sob escuridão, mas com ajuda de lanternas (nota: comprem as de cabeça, lanternas de mão não são muito boas pra isso), demos uma pegada forte na caminhada, e o ogro dizendo que estamos a 15 minutos da fazenda sempre, esses 15 minutos duraram quase 1 hora rs , mas davam um animo. Faltando (dessa vez de verdade), uns 20 minutos para a chegada, acabei passando mal, fiquei com uma ânsia muito forte e pedi 5 minutos para ver se aliviava. Não aliviou muito, mas resolvi continuar, estávamos perto e quase vencendo tudo (agradeço aos amigos pelo apoio), e finalmente chegamos a fazenda.
Tivemos uma boa surpresa em ver que o @eversonnovka e a @evelinemartins estavam nos esperando. Alegria de ambas as partes em ver todos bem, e algumas cocas e espetinhos depois, era hora de entrar nos carros e deixar para trás uma experiência muito boa, e com a certeza de encarar mais delas.

Abaixo um vídeo (ainda estou aprendendo a fazer edição e o you.tu.be detonou com a qualidade dele), e para mais fotos, vejam em AQUI (Fotos by @chicodrummer).

Adrenaline, you don’t even feel the pain :D

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Montanhismo & Escalada

PostDateIcon 23 de fevereiro de 2010 | PostAuthorIcon Autor: anttoniocarlos

Estar no pico do mundo, acima das nuvens e perto do sol. Um jeito de conseguir isso é com o montanhismo, onde você sobe ou atravessa montanhas com ou sem equipamentos. Um esporte de aventura muito ligado a natureza e a convivencia pacifica com ela. O montanhismo por vezes é confundido com alpinismo, mas esse é apenas uma categoria, ou seja, montanhismo nos alpes (outra hora em detalhes), existem também outros nomes e categorias, como himalaismo (o.0).

Montanhismo está diretamente ligado a caminhadas e a escalada (sua parte radical), estas podem ser realizadas em rochas, muros de treino, etc e fazendo uso de equipamentos (estribos, grampos, móveis, pintons) e principalmente das mãos e pés para progredir. Para a escalada também existem várias catégorias (alias, como em todo esporte), são elas de bloco, esportiva, indoor, tradicional, alpina e em alta montanha.

Em qualquer categoria, o escalador se encontra preso por uma corda de segurança, mas há quem prefira não usar qualquer tipo, conhecido por “solo”.

O esporte exige muito esforço fisico, e o escalador pode evoluir no esporte, começando tipos de graus de graduação baixos e evoluindo. É comum também existerem caminhos pré-definidos principalmente para treinos, ficando assim, mais simples de se iniciar no esporte.

Um esporte de alto risco, por isso a necessidade de conhecer técnicas, e claro, sempre procurando cursos e pessoas autorizadas pelas associações.

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