11/06/2012 15h17 - Atualizado em 11/06/2012 15h17
Prática de rapel sempre preocupou mãe de instrutor morto em Brotas, SP
Homem de 35 anos morreu na tarde de sábado (9) ao cair de 30 metros.
Acidente teria sido provocado por um equipamento que estava solto.
Do G1 Araraquara e Região
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O instrutor de rapel Edward Fabiano de Camargo, que morreu no último sábado (9) em Brotas (SP), praticava a atividade radical havia sete anos, o que sempre preocupou a mãe dele. “Às vezes, eu falava ‘filho, isso é perigoso’. Ele respondia ‘mãe, eu gosto, eu vou’, lembra Luíza Carmago.
Para Maria Cecília Camargo, a morte do primo de 35 anos foi uma fatalidade. “Ele sempre falava que amava fazer isso”, conta.
O acidente com o instrutor teria sido provocada por um equipamento que estava solto durante sua descida, em uma cachoeira com mais de 30 metros localizada na Fazenda Cassoróva, próximo ao distrito de Patrimônio.
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Camargo acompanhava um grupo de turistas e foi o primeiro a descer a cachoeira. Segundo Carlos Oliveira, representante da agência de turismo em que o instrutor trabalhava, o guia só percebeu na hora que não havia instalado corretamente uma das cordas. No desespero, ele acabou destravando o que equipamento de segurança.
“Tem que se prender com dois aparelhos, ele se prendeu apenas com um. No desespero da queda iminente, ele acionou o aparelho, deixando que ele corresse livre. Se soltasse, ele não cairia. Ele segurou e isso foi o suficiente para que deslizasse e se chocasse contra as pedras lá embaixo”, relatou Oliveira.
Corda não se conectou a equipamento de freio
(Foto: Reprodução/EPTV)
O também instrutor Marcos Paulo Pompeu auxiliava Camargo e presenciou o acidente. “Ele iria fazer a segurança embaixo, e eu iria lançar o pessoal na parte de cima. Ele só falou tchau para mim, se soltou para trás e desceu muito rápido”, disse.
A queda de Camargo ocorreu às 17h de sábado. Bombeiros foram chamados, mas o instrutor já estava morto quando chegaram à fazenda. “A vítima estava embaixo da cachoeira e içamos o corpo do local”, relatou o cabo Morais, que acompanhou a operação.
A corda usada para a descida foi avaliada pela polícia. O cinto de segurança estava preso ao corpo do instrutor. Ele iria descer a cachoeira pela segunda vez no sábado.